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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Foragido admite superfaturamento em contratos com o Ministério do Turismo


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publicado em 15/08/2011 às 20h17:

Humberto Gomes, que está nos Estados Unidos, dá entrevista exclusiva ao Jornal da Record
Do Jornal da Record com R7
 
O Jornal da Record conseguiu localizar nos Estados Unidos o brasileiro que a Interpol tenta prender. Humberto Silva Gomes é acusado de fraudar licitações do Ministério do Turismo. Ele foi entrevistado com exclusividade e admite a existência de contratos superfaturados na pasta.

O nome de Gomes aparece em pelo menos dois contratos com o Ministério do Turismo que estão sob suspeita. Jornalista e empresário, Humberto chegou aos Estados Unidos na noite do dia 8 de agosto, segunda-feira passada. A Operação Voucher da Polícia Federal aconteceu na manhã do dia seguinte. Humberto foi para a Flórida, depois viajou para Los Angeles e voltou para Miami, onde está hospedado em um hotel.

Humberto, que é dono de uma empresa de comunicação e consultoria, alega que havia comprado a passagem aérea uma semana antes da operação da PF, que prendeu 36 pessoas acusadas de participar do desvio de verbas do Turismo.
Ele diz ter ido aos Estados Unidos para vender um carro que comprou no começo do ano, quando morou em Los Angeles. Um Mustang conversível, pelo qual ele diz ter recebido o equivalente a R$ 20 mil.

O empresário nega ter fugido do país. Para ele, o fato de a operação da PF ter sido deflagrada um dia depois de ele ter deixado o Brasil foi uma “coincidência”. Humberto diz que não tinha informações privilegiadas sobre a operação e afirma que, caso tivesse, seu irmão teria viajado com ele. Hugo Leonardo foi um dos presos pelos agentes federais no dia 9.

Hugo Leonardo Gomes é acusado de participar da rede que desviou dinheiro do Turismo. Enquanto isso, Humberto Gomes está na lista de foragidos da Justiça da Interpol. Humberto ficou conhecido pelo teor de conversas telefônicas, gravadas pela Polícia Federal. O empresário confirma o teor das conversas gravadas pela PF. Em uma das conversas, Humberto fala sobre contratos superfaturados.

Humberto afirma ter sido contratado por duas instituições que supostamente prestaram serviços para o Ministério do Turismo. A empresa dele recebeu R$ 720 mil para treinar pessoal da rede hoteleira. Ele diz que a prática de superfaturamento é conhecida no meio empresarial.

O vôo de volta de Humberto Gomes está marcado para a próxima quarta-feira (17). A expectativa é de que ele seja preso ao chegar ao país. Ele encerra a entrevista repetindo que sente vergonha, mas faz uma ressalva:

- Na verdade, a vergonha que eu estou sentindo é de ser brasileiro.

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/acusado-de-fraudes-no-turismo-nega-ter-fugido-20110815.html